E na maré deste bloco...

(histórias de uma foliã ansiosa:)

Na sexta a gente chega com gás total...
Como diz a música, o bloco não precisa fantasia... Apenas um lençol!
A gente se enrosca em panos e vai pra praça!
É uma alegria contagiante! Pulamos tudo o que aparece na nossa frente: misto-quente, canário, lençol.... Tomamos a primeira gelada, sabendo que está só começando!

A ansiedade aumenta... No sábado pulamos da cama. Já na primeira ressaca do feriado mais esperado do ano. Tomamos um banho e nos arrumamos. Ultimamente, andamos produzindo altos cafés da manhã, com direito a ovo mexido e tudo o mais... Ai, quem viu as primeiras casas deste bloco... rs

Depois do café começa o desfile das mais belas chitas, fantasias, tiaras e adereços. Não tem uma das meninas que não faz uma roupa nova pro bloco que é o mais esperado.

Bom, chega a hora... Todo mundo vai pra rua. “Vai ter arruaça”!!!! E então começa de verdade.
Quando o poeta dá a primeira chamada: “Respeitável público...”
Quando o metal toca as primeiras notas...
Quando a cantora puxa a primeira frase: “Tem que cantar...”
E quando a gente se olha... CHEGOU O CARNAVAL!!!!!!!
É Juca Teles meio dia... É o arrepio na espinha... É a multidão enlouquecida...
E que multidão... Nós participamos, meio de lado... Não dá mais pra entrar no meio da galera... Pois é muuuuuuita galera...
Mas estamos lá! E vemos ele passar! Que Rei Momo que nada! Nosso rei é JUCA! E é DUCA...!!!!!!
Vamos meio de canto, meio de lado, seguindo a batida, nos embebedando, pulando, brincando e comemorando! Comemorando nossa alegria, nossa amizade e nossa festa!

Assim seguimos os próximos dias... Que parecem durar uma eternidade... Alguns momentos são esquecidos entre copos e garrafas... Mas a maioria a gente leva pro resto da vida! Seguimos com nossos cafés de amanhã, nossas bebedeiras, nossa festa! Curtimos cada bloco, cada banda e cada música!

Até que chega a terça-feira... Fechamos com chave de ouro... Tudo começou como uma brincadeira... Tudo começou com um bando, que não era uma banda, mas pensava que sim... Um bar, um divertido Seu Elias (que saudade!), apelidos e, por fim, um Casarão!

Casarão este que mexeu com nossa imaginação! Ficaríamos mesmo neste monumento, no meio de tudo e de todos?! Ficaríamos dentro daquela história, mesmo que por ele enfrentássemos as “almas” ali existentes... rsrs... Quanta imaginação!

Por fim, acabou que não entramos no Casarão, mas o Casarão entrou em nós, e nunca mais saiu! Ficamos naquele ano numa casinha pequena, umas 80 pessoas acredito, divididas entre quartos, sala, cozinha, varanda e banheiros... Tudo isso em frente a uma Funerária! E ficamos ainda, sonhando, imaginando como teria sido ficar no tal Casarão! E Casarão virou música! Virou bloco! Virou paixão! Completando 10 anos em 2012...

Mas, 2012 tá longe ainda! Este ano tem BLOCO CASARÃO! E nossa ansiedade só aumenta! É caminhão na rua e uma galera atrás... Não tantos, mas o suficiente! Menestrel a postos, discurso feito! Ele vem das “entranhas” onde “só Deus” pode entender tamanha loucura! E vamos... Com nosso bonecão e nosso coração! Pedindo pra moça sair na janela, lembrando do saudoso Seu Elias e ficando com medo do bicho... e de entrar no Casarão!

Quando acaba o bloco, ainda não acabou tudo... Ufa! Temos mais algumas horas pra pular, comemorar e brindar! Mais um ano de energia que levamos para enfrentar o resto dos dias... Até que chega de novo... A sexta-feira, a gente pega o lençol, prepara a fantasia pro sábado... e por aí vai...

Obs: faltam 13 dias pro Casarão chegar!!! Mais uma vez... hehehe

Bjin

Barbosin